domingo, 27 de março de 2011

Rogério Ceni brilha e marca o centésimo


Em jogo histórico, marcado pelo 100º gol de Rogério Ceni na carreira, o São Paulo, mesmo desfalcado de Lucas - defendeu a Seleção Brasileira contra a Escócia, em amistoso disputado em Londres -, venceu o Corinthians por 2 a 1, ontem, em Barueri, pela 16ª rodada do Campeonato Paulista.

De quebra, caiu o tabu de quatro anos sem vencer o rival. A vitória colocou o Tricolor na vice-liderança da competição, com 34 pontos, mesmo número do Timão, que tem uma vitória a menos e caiu para terceiro.
Pela boa fase das equipes, já era esperado que o clássico fosse equilibrado. E foi exatamente o que se viu. Desde o início, os times tinham dificuldade para penetrar na defesa adversária e o jeito era arriscar chutes de fora da área.
Pelo lado alvinegro, Ralf foi quem chegou mais perto, aos 27 minutos. O volante bateu de longe e assustou Rogério Ceni, ao mandar rente ao travessão.
O Tricolor ameaçou mais. Dagoberto tentou duas vezes. Na primeira, Julio Cesar segurou firme. Na outra, a bola passou perto. O zagueiro Rhodolfo se aventurou ao ataque e também levou perigo em chute de longe, que passou perto da trave direita.
De tanto insistir, Dagoberto foi premiado aos 39 minutos, em outra tentativa de fora da área. O atacante são-paulino recebeu de Ilsinho, ajeitou e acertou o canto esquerdo de Julio Cesar: 1 a 0 São Paulo.
No último lance do primeiro tempo, Dentinho perdeu ótima chance para empatar. Fábio Santos cruzou na medida, mas o atacante corintiano, mesmo sozinho, cabeceou sem direção.
A etapa final foi eletrizante. Logo no primeiro minuto, o Corinthians quase empatou. Fábio Santos cruzou, Jorge Henrique desviou e Rogério Ceni, no reflexo, fez grande defesa.
Como se não bastasse salvar o time lá atrás, o goleiro /CWCW24são-paulino fez história ao marcar o 100º gol na carreira. Fernandinho recebeu falta na entrada da área. Aos oito minutos, Rogério Ceni bateu com perfeição e colocou a bola no ângulo direito de Julio Cesar: 2 a 0 São Paulo.
Para piorar a situação corintiana, Alessandro fez falta violenta em Dagoberto, aos 18, e foi expulso. Mesmo com um a menos, o Timão diminuiu aos 22. Após cobrança rápida de falta de Ramirez, Dentinho bateu de fora da área e mandou na canto direito de Rogério Ceni: 2 a 1.
Dagoberto, que já tinha cartão amarelo e fez falta em Ralf, e Dentinho, que chutou Rodrigo Souto sem bola, também levaram cartão vermelho.
Até o fim, o Corinthians buscou o empate, mas não conseguiu furar o bloqueio tricolor. Na melhor chance, nos acréscimos, Liedson tentou dentro da área, mas Rogério Ceni, em tarde inspirada e inesquecível, garantiu a importante vitória são-paulina.

Goleiro comemora efusivamente o feito inédito

Assim que o árbitro Guilherme Ceretta de Lima apitou o fim do clássico, Rogério Ceni foi cumprimentado por todos os companheiros. Afinal de contas, o goleiro foi o protagonista do jogo. Ele marcou o gol que deu a vitória são-paulina (2 a 1) diante do Corinthians, além de ter sido o centésimo na carreira, o 56º de falta. De quebra, ainda fez defesas importantíssimas. Por todos esses ingredientes, a festa era muito grande.
"Uma vitória como essa, em um jogo como esse, é tudo especial. Precisamos comemorar essa vitória justa e merecida contra grande time que é o Corinthians", festejou o goleiro-artilheiro.
"Naquele momento (do gol), me lembrei das minhas filhas, do meu pai, mas esse 100º gol é para a nação são-paulina e para a entidade São Paulo Futebol Clube, que luta contra tanta coisa ruim no futebol", disparou Rogério Ceni contra a CBF.
"Fiquei eufórico quando marquei o primeiro gol pelo São Paulo. Agora, fico feliz também depois de fazer o centésimo", emendou.
O capitão são-paulino também fez questão de falar que respeitava muito o goleiro corintiano Julio Cesar.
"Do outro lado tem profissionais que merecem respeito. Fiz o gol em um menino que vi nascendo no futebol, que ficou na reserva em diversas vezes, mas que já provou o potencial. Hoje, ele é um dos goleiros de ponta do Brasil e sua titularidade no gol do Corinthians é indiscutível", elogiou Ceni

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