terça-feira, 28 de maio de 2013

Mais de 40 caminhões cadastrados pelo Exercito retiram 4 milhões de litros de água/dia da barragem de Pedras Altas

O local onde antes funcionava para o lazer de muitos moradores da região, passou a ser uma fonte de abastecimento de carros pipas de Capim Grosso e outros municípios.
De acordo com informações colhidas pelo site de Arnaldosilvaradialista, um proprietário de um  carro-pipa revelou que só do Exercito estão cadastrados em torno de 40 caminhões, com uma média de 10 abastecimentos por dia, o que representa mais de 400 abastecimentos/dia, cada um com capacidade para 10 mil litros, que são distribuídos em toda a região, sem incluir os clandestinos.

“Existem carros de Capim Grosso, Mairi, Capela do Alto Alegre, Gavião, Nova Fátima, Retirolândia, dentre outras comunidades”, citou o dono do carro-pipa que presta serviço ao Exército, que paga R$ 120,00 por uma viagem, tendo o carro a capacidade de 10 mil litros. O particular trabalha no valor de R$ 80,00.
 A água que abastece a pequena barragem, que já funcionou como ponto turístico, é proveniente da Barragem de Pedras Altas, que registra atualmente 66% de sua capacidade, que é avaliada em 39 milhões de metros³ de água.
 Para o ex-prefeito Paulo Ferreira, que participou da reunião com as comunidades ribeirinhas, um dos pontos que precisa ser reivindicados ao governo do estado está na retirada dos caminhões pipas que abastecem na mini-barragem, levando o abastecimento desses carros para a barragem de Ponto Novo.
 A água que é liberada das comportas para atender essa grande demanda liberaria para o rio que está seco devido ao fechamento das comportas. “Isso precisa ser lembrado ao governo do estado, através da CERB”, salientou Paulo no seu pronunciamento em uma reunião realizada pelo presidente da Associação do Vale do Itapicuru Mirim.
 Em conversa com um morador que tem terras às margens do rio, o mesmo colocou que foi um grande erro do governo implantar a adutora de Pedras Altas para abastecer toda a região.

 “Não podemos assistir pessoas distantes sendo beneficiadas de nossa água e quem vive às margens do rio está perecendo”, disse. O governo precisa atentar para essa situação, assim como muitas outras reclamações como o fechamento das comportas, a quantidade de carros-pipas abastecendo diariamente, entre outras cobranças.

Fonte: Interior da Bahia

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