terça-feira, 16 de abril de 2013

Morreu a atriz Cleyde Yáconis.


A atriz Cleide Yáconis morreu nesta segunda-feira (15). Ela estava internada no hospital Sírio Libanês, na região central de São Paulo. De acordo com a assessoria do Sírio Libanês, ela estava internada desde outubro de 2012.
Guilherme Becker, neto da atriz Cacilda Becker e sobrino-neto de Cleyde, disse que a atriz "cumpriu a missão". "O clima está bom. O velório está sendo como ela foi, discreto e simples. Ela era conhecida como a dama discreta do teatro. A passagem dela foi tranquila, ficou mais de cinco meses no hospital. Ela teve uma piora mesmo com a morte do Walmor Chagas. Posso dizer que ela não quis mais viver", comentou.
O ator Cássio Scapin foi à cerimônia na manhã desta terça-feira. "Ela tinha uma qualidade de atriz que não existe mais. Assisti muito às coisas dela. Não deu tempo de trabalharmos juntos, mas era um sonho. Ela falava que em breve ia estar com a irmã e com as pessoas que amava. Era um exemplo de força", contou Scapin. O figurinista Fábio Matame também elogiou a atriz. "Era uma das pessoas mais profissionais com quem trabalhei. Tinha uma consciência precisa no palco, bastante rara. Tenho lembrança de uma mulher sem vaidade, ao contrário do que se cultiva hoje em dia", disse Matame.
Trajetória


Cleyde Becker Yáconis nasceu em Pirassununga, São Paulo, em 14 de novembro de 1923. De acordo com seu perfil publicado no site da Fundação Nacional de Arte (Funarte), ela cursou enfermagem, com a ideia de se formar em medicina.

Em 1950, foi incentivada por sua irmã Cacilda Becker a trabalhar no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), onde substitui Nydia Licia no papel de Rosa Gonzalez, em “O anjo de pedra”, de Tennessee Williams. Em 1951, foi  premiada como atriz-revelação do teatro paulista pela Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCT), pela peça “Ralé”, de Maximo Gorki. De 1950 a 1964 participou de 35 montagens no TBC.

Yáconis ingressou na televisão em 1966, na TV Paulista, mas foi na TV Tupi de São Paulo em que apareceu em novelas como “O amor tem cara de mulher” (1966); “Mulheres de areia” (1973) e “Gaivotas” (1979). Na Globo, ela atuou em “Rainha da sucata” (1990), “Vamp” (1991) e “As filhas da mãe” (2001). Em 2006, participou de “Cidadão brasileiro”, da Record.
Quatro anos depois, foi destaque da novela "Passione", do autor Silvio de Abreu. A atriz interpretou a personagem Brígida. Casada com o rabugento Antero (Leonardo Villar), ela tinha um relacionamento misterioso com seu motorista, Diógenes (Elias Gleiser).
Fonte: G1.com

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